O COMPRIMIDINHO
Isto estava a ir tão bem, antigamente. Os laboratórios compravam quantos médicos quisessem, a venda de medicamentos era um negócio tão chorudo que existe uma entidade que diz quantas é que são rentáveis em cada área (trespasses que atingem o milhão de contos, nalguns casos), nós pagávamos as nossas caixinhas de 1600 comprimidos para a dor de cabeça... Enfim, era o paraíso. Agora lembraram-se de ir levantar a lebre, de começar a falar em genéricos. A Ordem dos Médicos bem tem tentado que os seu ordenados (por assim dizer) não estraguem os seus contratos com as Báieres deste mundo e receitem apenas coisinhas de marca. Mas fica-se com a ideia que o negócio já viu melhores dias. Vieram hoje para a imprensa acusar-se mutuamente.
Alguém que reúna o pessoal das respectivas ordens, associações do sector e administradores de laboratórios e lhes lembre que o ditado "zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades" ainda acaba por se lhes aplicar...
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